sábado, 13 de dezembro de 2008

Bailam farrapos de sombras



Bailam farrapos de sombras cobertos de fantasmas do passado, que subtilmente vagueiam no abismo da incerteza, onde eu permaneço, onde eu me encontro, sozinho, desamparado... Farrapos esses que me penetram a pele e se apoderam do meu triste ser, da minha escuridão, do meu desespero.

Bailam farrapos de sombras que me enlouquecem com a sua melodia viciante e dolorosa, que me sugam a força de sentir como castigo da minha ambição de posse desajeitada de seres que transformei em sombras e sepultei no abismo. Onde tal segredo ficou fechado mas que despontou para o golpe final do ser que eu era.

Bailam farrapos de sombras que obstruem o estreito caminho rumo ao meu refúgio, que me impedem de alcançar o meu esconderijo, o meu forte respirar, ao invés destes odores fúnebres que resolveram atormentarem-me. O seu chamamento é intenso, suave e irrecusável, onde o encanto da sua doçura me perde no seu baile privado.

Bailam farrapos de sombras no meu luar como que a pedirem para eu as salvar!

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