
Bailam farrapos de sombras cobertos de fantasmas do passado, que subtilmente vagueiam no abismo da incerteza, onde eu permaneço, onde eu me encontro, sozinho, desamparado... Farrapos esses que me penetram a pele e se apoderam do meu triste ser, da minha escuridão, do meu desespero.
Bailam farrapos de sombras que me enlouquecem com a sua melodia viciante e dolorosa, que me sugam a força de sentir como castigo da minha ambição de posse desajeitada de seres que transformei em sombras e sepultei no abismo. Onde tal segredo ficou fechado mas que despontou para o golpe final do ser que eu era.
Bailam farrapos de sombras que obstruem o estreito caminho rumo ao meu refúgio, que me impedem de alcançar o meu esconderijo, o meu forte respirar, ao invés destes odores fúnebres que resolveram atormentarem-me. O seu chamamento é intenso, suave e irrecusável, onde o encanto da sua doçura me perde no seu baile privado.
Bailam farrapos de sombras no meu luar como que a pedirem para eu as salvar!
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