quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Luxúria

... da janela observo princípios,
com o cheiro riscado em horizontes,
vejo as folhas morrerem como miragens
pergunto qual o sabor do teu perfume,
se vale o esforço de tentar,
preciso sentir ciúme,
resistir ao medo e avançar,
debaixo de uma luxúria constante,
observas o pensamento inspirador,
desfaço-me em uma presença longínqua,
por mais perto que o teu corpo esteja do meu,
confundo o verbo perder,
conjugado numa farsa imperativa, vive-me!

domingo, 9 de outubro de 2011

Jet Lag

Deixa sussurrar
o silêncio consequente,
tristemente disfarçado
nas gavetas perto do cerrar
numa prosa vulga em respostas,
quero sonhar-te,
nesta constante confidência,
neste fervoroso objecto eloquente,
fortuna de bem falar,
mesmo que por instantes deixes de ironizar,
um subjectivo que me faz sorrir,
num labirinto ainda por descobrir,
não me deixes mentir,
pois sofro em não saber,
se ainda me consigo ser,
nestes falsetes meus,
num perfeito demasiado triste,
resumido a um último adeus!