quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cores, livres.



Imagino as cores como elas não são,
Como que se os domingos permanecessem inócuos,
A presente textura da solidão.
Imagino se a dor tivesse uma música,
Ou se a brisa cheirasse a baunilha,
O oceano rabiscasse na queda da paixão,
O insensato prescrito na vaga da tertúlia,
Como se o para sempre fosse um até já,
Ou, simplesmente um minuto daquela hora!


Hugo de Oliveira in "Mulher Chuva" (2012)

Foto: amadeuopinies.blogspot