quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Jangadas do Tejo

Quando as gaivotas deixarem de voar,
e o toque do teu beijo nos envenenar,
sucumbo aos prazeres do suave rio,
visto o corpo da noite,
a alma perene,
deixo-me esquecer,
serei rosto despidos da escuridão,
repouso a mente num banho imundo,
suavemente flutuo na triste solidão,
as insónias saram o arrependimento,
disfarçadas de canoas vigente,
de medos clementes,
vagueiam na margem.


Hugo de Oliveira (página facebook).