quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sufoco





Asfixiando, nesse sufoco sentido,

Percorro o trilho do teu corpo

Que outrora verteu o que há em mim,

O lixo da mentira preso nos teus lábios

Transformado em letras monótonas,

Sem voz, sem presenÇa... Ódio!


Grito em silêncio,

Onde a farsa tende em chegar,

Haja aversão ao ridículo,

Ao teu olhar indegesto perpetuo

Ao toque, ao beijo, a ti!


Fuga à esfera cínica que me vicia,

Que me consome num ângulo inverso,

Resistindo, averso aos movimentos
Ó tortura, dor... penitência!


... morro!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Veneno





Podre! O sentimento que fingi sentir apodreceu,

Perpétuo o rosto semblante que na despedida prostou-se,
Em gestos fracassados naquele olhar terno,

Naquele toque, naquele beijo que, por fim, morreu!


Fraco! Fracacei naquela transcrição,

Pouco me importa quem amo ou creio amar,

Talvez o sonho que na despedida ficou,

QuiÇa a tortura do teu olhar porventura findou!


Indiferente! A quem o sou, a quem me sente,

Jamais habilitarei o sabor que me segue

A ambiguidade que me ausenta,

O desejo inacabado que me ostenta!