sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

(des)gasto!


São rostos desgastados

descontextualizados de sentido

apagados de memórias guardadas

perdidos nas juras momentâneas.

O rumo é o meu guião,

Os traços a minha razão,

O contexto a minha paixão

Tu, o meu alento

e tudo o meu abraço.

Perdido na áurea, asfixiado!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lê-ME


Escrevo para quem... lê-me,

Para quem desconhece-me

Quem em mim não se revê, escrevo-me.

Para o presente que de mim está, esqueço-me!

Escrevo para o ausente,

Que em registos acompanha-me

No auge ferido do compreende-me!

Insisto em viver, iludo-me.

Escrevo para aquele que não lê-me,

Para quem desconhece-me

Para aquele que em mim, inspira-me

Ao tempo que... regressa-me!