domingo, 2 de novembro de 2008

Mulher Chuva




Acordas-me com aquele barulhinho que só tu sabes,
E deitas-te a meu lado envolta de tudo que há em mim,
Fazes-te menina - mulher, cheia de mim, vazia de ti...
Tanto faz, ficas confusa.

Sonhas acordada a meu lado, do tempo de criança,
Recordas os passeios inocentes na areia,
Quando a mulher que eras atrás da colina,
Se entregava a mim na mais pura inocência.

Sentado na duna estanco a fonte de lágrimas do mar,
Lágrimas vertidas aquando a impossibilidade de regresso,
O regresso ao início da menina que eras.

Sonho-te despida da mulher que és,
Alago-te da chuva que me percorre,
A chuva espelha em ti o brilho da lua,
Quer esteja cheia ou nos quartos,
Ela reflecte a menina que eras,
E a mulher chuva que inunda o meu ser.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabenssss pela maravilhosa forma de descrever tb escrevo, e axo maravilhoso qm possui esse dom de descrever com palavras oq com emoçoes nao nos bastam.