sábado, 23 de fevereiro de 2008

Traje U.Minho


Dois modelos bem exemplificativos do traje masculino e feminino minhoto :)

O Traje Académico tem origem eclesiástica e surgiu com a finalidade de atenuar as diferenças de classes sociais dos membros do clero. Actualmente é considerado como uma forma da dignificação académica. Apesar de existirem diferenças de universidade para universidade, permanece a utilização da cor preta (intimamente associado ao movimento estudantil) e a insígnia bordada no casaco referente à Universidade ou Instituto que frequenta o estudante. Na Academia Minhota, o traje destaca-se pela sua originalidade. Denominado como “O Tricórnio”, este remonta ao século XVIII. Luís Novais é a pessoa a quem todos os estudantes devem agradecer esta tradição tão nobre. Por ser uma instituição muito nova, em 1989 enveredava-se e copiava-se o traje de Coimbra. No entanto, Luís Novais (presidente da Associação Académica da Universidade do Minho entre 1988 e 1991), aquando de um trabalho para uma disciplina do seu curso, descobre uns manuscritos no Arquivo Distrital de Braga, umas memórias de Ignácio José Peixoto. Estes manuscritos revelavam que Braga tinha no século XVIII uma universidade, na altura designada como Estudos Gerais. Nos mesmos manuscritos havia uma descrição dos trajes da época: “direi agora como trajavam os estudantes”. Posto isto, ao ganhar as eleições, Luís Novais decidiu renovar as tradições académicas da região e re-introduzir o traje que morrera com a expulsão dos jesuítas de Braga pelo Marquês de Pombal. Os manuscritos foram levados a um alfaiate que, baseando-se neles e em painéis de azulejos existentes na actual reitoria (também do século XVIII), desenhou o figurino corrente. Desde esta altura, em que Luís Novais foi “a primeira pessoa a sair à rua com ele vestido”, o traje tem, nos dias de hoje, um peso e um significado crescente no espírito académico.

Festas Académicas do Enterro da Gata — A primeira referência na imprensa relativamente ao "Enterro da Gata" reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal "Aurora do Minho" com o título pomposo de "Enterro Xistoso". Lá se conta como um grupo de estudantes "para festejar o fim do ano e enterrar a gata" fizeram um "enterro xistoso e novo na espécie". A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional (hoje Escola Secundária Sá de Miranda), que estava sediado no Convento dos Congregados. O primeiro interregno nas festividades aconteceu entre 1934/35 e 1959. Salazar usaria a mordaça para calar a irreverência aos minhotos. O luto decretado por Coimbra após as manifestações de 1969 levaria a segunda interrupção entre 1970 e 1989. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1º Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A "gata" representa o indesejado insucesso escolar. É feito um velório em que a "Gata" é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio.

5 comentários:

Sílvia disse...

eu continuo a dizer que o meu é mais bonito... :)

Anónimo disse...

diagamos que eu GOSTO dos modelos :D
e não há dúvida que o traje é LIINDOOO :D

sandra pinheiro (assinei lol)
beijinho*

Anónimo disse...

" Festas Académicas do Enterro da Gata "

falta_me dizr q gostei desta parte ;D

S.P :)

Carla Silva disse...

O nosso é sem dúvida o mais lindo de todos! Estamos quase no "enterro da gata"...Viva a UM...

WB disse...

Luís Novais criou um embuste e uma mentira.
O Tricórnio resulta de uma invenção pura e simples para substituir a capa e batina até então usada na UM e, antes dela, durante mais de 100 anos em Braga.

http://notasemelodias.blogspot.pt/2013/09/notas-ao-tricornio-ficcionado.html