Corre o caudal
sagrado, lento e vaidoso,
Rumo ao cais
divino.
Um caudal em dor e
sofrimento,
De socalco em
ramada,
Verso em frescura.
E pudesse eu,
regressar ao silêncio perdido,
Ao pretérito onde
pertenci,
Ao espaço vazio,
cosmos, negro e frio,
Haveria de gritar e
exacerbar a cor da vida,
De uma passagem
secreta, nossa e luzidia.
Tamanha dor,
soluçar profundo,
Harmonia e paixão,
O Douro, meu
refúgio,
O meu mundo.
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