segunda-feira, 11 de abril de 2016

Caçador de sonhos



Naquele sopro,
Parti.
Quando a cidade era saudosa.
Das almas que outrora vivi,
Aqueles seres em meu corpo,
Vertidos,
Possuí... comi.
Se não me fosse negado,
Ai,
Tudo prometia,
O impossível para sempre,
Como o novo visível,
Aos olhos de outra gente.
Nesse instante,
De mim prostrado, tão diferente,
Entre o marco
das chagas perdidas,
Permaneço, suspenso, parado,
Ingerindo o vazio concentrado,
Horas, despedidas.

Hugo de Oliveira
Foto: Bertil Nilsson

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