sexta-feira, 30 de março de 2012

Meu Fado



Nos dias em que estou distante,
acabando por regressar,
sinto falta da minha ausência,
e de sentir a falta de não sentir,
define a minha solidão,
meu fado esperou-te por mil anos,
morrendo a cada dia de espera em ti,
um dia, quando o fado pertencer ao despertar,
despeÇo-me,
frio como a cama onde me deito,
onde hoje não voltarei,
no amanhã de nada vale pensar,
porque o fado não é citação,
de todo espelhado em actos,
muito menos se lê em palavras,
fado é imperfeição apaixonada,
é retirar prazer do desgosto,
pinta-se no meu obscuro,
fado é o sorriso da dor,
não se perde nos dias,
e os dias nunca terminam,
embora eu tenha que partir,
A-deus!

3 comentários:

João Roque disse...

Como sempre, muito bom.

. intemporal . disse...

.

.

. há dias que findam logo à nascença .

.

. no entanto . há porém a certeza da anáfora . sempre que um novo dia acontece .

.

. uma Páscoa feliz e amplamente renovada .

.

. um forte abraço .

.

.

. intemporal . disse...

.

.

. venho convidar.te . para que visites o meu blogue . intemporal . amanhã . dia 10 de abril de 2012 .

.

. um abraço . e muito obrigado .

.

. paulo .

.

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