domingo, 19 de outubro de 2008

Tudo que há em mim



Talvez por não conseguir riscar,
Soltei gemidos envoltos em silêncio,
Que disfarçam a minha alma!
Despontaram em sentimentos e actos majestosos,
Sem rumo nem direcção.
Presos em mim, amarrados ao meu coração,
Choraram desesperados a mágoa do passado.
E permaneci parado, olhando o infinito,
Esperando por um sinal teu,
Um suspiro, um sussurro, um grito...
Bebi um golo da inspiração que me alucina,
Enquanto esperava que passasses,
Mas tu não chegaste, porém acreditei!
Enlouqueci à tua espera,
Rasguei todo o passado, e soprei...
Soprei as histórias para bem longe,
Para o mar dormente que me embalava,
Esperando que te encontrassem.
Naquele lugar onde o sonho te visitou,
Onde um sonhador te abraçou,
Onde um pintor de estrelas te desejou.
Dei tudo que há em mim,
Soltei mil borboletas e pirilampos,
Para iluminar o teu caminho,
Rumo aquele destino perdido...
Por cá permanecerei pintando estrelas na areia...
Talvez poeta, talvez artista, uma alma perdida...

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