segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Rascunho




As frases soltam-se sem vogais,



lêem-se numa plasticidade sem retrato,



transformam-se numa multiplicidade de escrita,



isoladas num obstante significado opaco,



baloiçam entre inspiração e recordação,



sentimento ou desilusão,



outrora desassossego físico de contrastes,



uma imagem translúcida,


escrita no infinito do íntimo,



pedaços vazios de consciências desfeitas,



descontextualizadas de um parelelismo invulgar.

2 comentários:

João Roque disse...

As frases só se soltam quando há um dom que permite que elas se soltem; esse dom não é muito vulgar, mas é maravilhoso.
Tu possui-lo...

Anónimo disse...

Já tinha saudades!

Recordação e sentimento alimentam a nossa vida!

Gosto-te!