segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Frio



Interruptamente no aqui disperso,

persisto em imaginar

estas incessantes loucas palavras

definidas no traÇo comum

na originalidade do teu toque,

num poema longe de rimar,

escrito e apagado por um dueto qualquer

entristece-me suavemente,

numa pobreza arrogante

que persisto em não esquecer,

num culminar de sensaÇões

que ainda sinto querer!


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Adagio



... o ritual estabelece a ligaÇão ténue entre o ausente,

o teu rosto? cavado de angústia envolto do retalho vital,

esmorece ao ritmo melódico evasivo do teu olhar,

guardando minuciosamente aquele passado,

o verão quente no recreio, loucos anos,

fugaz perpendicular!


Saboreio o amargo remanescente,

decorrente dessa experiência inacabada,

mártir dessa vida que outrora alguém invocou,

que por capricho outorgaram a minha conduta,

que por deleito a posso findar a meu belo prazer!


Receio o enquadramento social desalinhado,

a linha erradamente traÇada sem o meu consentimento,

a audácio de me provarem a cada instante,

Resisto ao adágio fundamentalista assustador,

transforme-me, desconheÇo-me e por fim... morro!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

(in)acabado!

... mas sem nunca nos tocarmos um abraÇo permanece no existir,
o toque é indolor à tua presenÇa, disperÇa-se!
Naturalmente, na ausência do toque o beijo sente-se sem paladar,
mas preenche-me o saber que estás, aí!

Manobro paixões em movimentos desconhecidos do tempo,
onde actrizes invertidas tocam-se em pautas de magnetismo inacabado,
dispersas na impureza do natural, deixando-se observar,
comunicando em mentes inaladas por contornos públicos.

Finjo permanecer no espírito estável que na volta ausentou-se,
audácia em descobrir, nostalgia das origens reportadas,
sofro, maltrato-me, desespero pelo que deixei, tortura!

... as lágrimas percorrem-me o corpo em danças desalinhadas,
em quadros sentimentais que se desvanecem em mim!

tenho saudades do que fomos, menina... *


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Constância




Interruptamento escuto hipocrisia na inteligência do se ser humano,

egoísta!

Mentiras de jogos e falsidades,

num rasgo de inveja clara daquilo que não se é!