
Vida, desactualização permanente,
Ambição actualizada em rabiscos distorcidos,
Uma face do querer e não saber,
Conteúdo articulado em cordas soltas,
É o sentir da coragem num suspiro temporal,
Vida, o vazio no incerto!
"Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está de pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê!" Fernando Pessoa