quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Possessivo


Quando a vontade de desejar o incorrecto nos absorve, a ambição de querer perturba o mais inquietante dos sentidos que há em ti, que há em mim, que há no impossível. A intemporalidade de gestos cansados, arrastam-se delicadamente sobre o teu semblante que se assemelha à perfeição do toque que é sentir-te na minha pele, no meu desejo, na vontade de partir e seguir rumo ao imaginário. Sou repleto da imperfeição condenada pelo vulgar que caracteriza o que vai em ti, onde me sinto senhor da alteza da arrogância que invade a simulação que rodeia teu olhar. O dia da partida está breve, a mala do meu íntimo está composta e articulada, pronta a partir! De que vale ter sentimentos!? Momentos perenes e angustiantes criados pela ficção que é o nosso imaginário, perdidos bem atrás da realidade que é o obscuro da minha vida que segue a passo curto rumo à incerteza da vontade de querer o certo que algures se invade de pedaços meus.



2 comentários:

. intemporal . disse...

. absorvo.TE ao absorver.TE neste momento sublime .

. porque da posse os sentidos traduzem os sentimentos que muitas vezes pensamos in.válidos .

. porque só alguém como tu é capaz de questionar, interrogando.se .

. que seja sempre de íris o ouro do teu olhar .

. re.abraço.TE, mais uma vez .

. e saio , rendido .

Daniel C.da Silva disse...

Não descreias nunca os sentimentos.

Abraço