
A inspiraÇão não se deseja a si mesma,
supõe que se cansa do próprio cansaÇo,
omite o que é estar sóbria,
perturbada na consequência de um abraÇo,
enfrenta as arrogantes frases dos normais,
inspirada por meros raros iguais.
Nas madrugadas vagas,
que se sucedem num permanente acordar,
despe-se em vestido num monótono desperdício,
rompe o já gasto esperar.
Encobre o escuro brilhante que ilumina o vago,
mostra-se ao incógnito num irónico pormenor!