Passo a
passo, ficamos sós,
Por momentos
recordados ou esquecidos,
Como se de
guetos ou ruelas se tratassem,
Chegado o
instante de identificar as memórias,
Para subscrever
um beijo epistolar,
Embora que
estupidamente desejado.
Ausentes sem
terem morrido,
Vivos
dementes, defuntos numa lucidez louca,
Vemos a
vida ser respirada por outrem,
Descobrindo
nesse estilo que não nos pertence,
A inutilidade
da nossa existência,
Numa
dissimulada paciência em conter a nossa vida.
Vemos pela
janela entreaberta,
O sol quente
vivo de inverno numa alma esquisita,
Que versatilmente
assaltam os meus sentimentos.
Assistimos à
anulação firme e destemida,
De um nome
vulgar, algo humano,
Num mundo
que não nos pertence.
E tudo aquilo
que era lúcido e sentido em nós,
Num doce
momento se transforma em pura solidão.
2 comentários:
gosto mesmo muito. a melancolia, quando lida e não sentida, pode ser muito doce.
gosto mesmo muito. a melancolia, quando lida e não sentida, pode ser muito doce.
Enviar um comentário