segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Golpe




Hoje, de mim, nada mais que o desencanto permanece,

das coisas que toquei, num suspiro se dissipam,

um pouco mais de ti, do sol que em mim se ausenta,

um resto do violeta que outrora ocultou-se em ti.

Errei entre os demais, falhei no verbo,

fascínios de um triste atordoado,

perdidos no quase princípio, no quase terminal,

o quase amor, o quase triunfo no jeito da expressão.

Em tudo, assisti a um começo, embora tudo errado,

a dor que se perde, quase se findou,

vontades que se foram, aquelas que fixei,

ogivas em torno do culto, encontro-as fechadas,

braços heróicos, desinteressantes, crentes no sossego,

num ímpeto errado, tudo expresso, tudo errado.

Num golpe, num estádio vácuo crescente,

eu fico aquém de permanecer em ti,

despertando a fúria divina do assombro pactual,

dissipado de dor, quase presente, sinto-te!

3 comentários:

Professor disse...

livro sobre a natureza espiritual do Seu Nome: http://www.agbook.com.br/book/116165--O_Poder_Secreto_do_Seu_Nome

João Roque disse...

Tão belo e tão triste...

. intemporal . disse...

.

.

. seja o golpe o mote .

.

. na soberania da palavra .

.

. abraço.te .

.

.